A cidade-estado do Vaticano é praticamente do tamanho de um bairro e possuí apenas 800 habitantes, basta atravessar os muros que a separam de Roma para conhecer o menor país do planeta. Sendo a sede oficial da Igreja Católica no mundo, o Vaticano recebe milhares de turistas durante o ano, entre fiéis, admiradores da arte, arquitetura e história. A maior atração da cidade-estado e um dos maiores pontos turísticos de Roma, sem dúvidas, são os Museus Vaticanos.
Comece descobrindo a praça de São Pedro no Vaticano. Assista o vídeo abaixo que explica os detalhes desse lugar que é obra prima de arquitetura no mundo.
O que são os Museus Vaticanos?
Primeiramente, os Museus Vaticanos são chamados em plural por tratar-se de um grande conjunto de outros pequenos museus construídos pelos Papas ao longo da história. Juntos, eles compõem um dos mais belos e ricos museus do mundo, é impossível visitar Roma sem visita-lo, pois às obras de arte presentes ao interno dos Museus Vaticanos, dentre clássicos, patrimônios da humanidade e uma grandeza que expõe o poder da Igreja Católica legitimando os museus como um dos ápices do turismo na Itália.
Dicas para visitar os Museus Vaticanos
O tamanho é tão grande que é preciso em torno de 5 ou 6 horas para conhecê-lo quase por completo. O complexo de museus possui dois pisos, a escada principal que separa-os é elogiada por sua uma arquitetura audaciosa. Existe uma grande pluralidade de salas, mas não é fácil se perder, pois elas são organizadas em forma de lhe guiar naturalmente durante a caminhada, onde é possível admirar grandes coleções de arte dos antigos Papas.
É permitido tirar fotos sem flash e usar o celular, mas não se pode entrar no museu com mochilas, comidas ou objetos de metais pontudos (tudo isso deverá ser deixado no guarda-volumes até o fim da visita). Também não é permitida entrar no museu com trajes muito informais (camisas regatas, saias muito curtas, bermudas, etc).
Obras de Arte presentes nos Museu Vaticanos
Dentre os diversos museus, encontramos alguns que destacam-se pelo número de obras épicas da arte mundial. O Museu Pio Clementino é uma ótima opção para começar o passeio, ele foi construído pelo Papa Clemente no século 18, e contém inúmeras obras importantes como as esculturas Laocoonte e filhos, Apolo de Belvedere, Perseu com a cabeça da Medusa e a Estátua dourada de Hércules. Próximo ao Museu Pio existe o Museu Gregoriano Etrusco, feito pelo Papa Gregório XVI com peças raras do povo etrusco, que habitou a Itália antes dos Romanos. Tantas obras torna o Pio Clementino um destaque dentre os pontos turísticos de Roma.
No Museu Chiaramonti ficam as estátuas e os bustos dos líderes mais importantes do império romano; Júlio Cesar, Trajano, Augusto, Vespasiano, Tibério, Settimo Severo, entre outros. O museu tem esse nome graças à família que organizou e tombou as esculturas em nome do império, mais adiante existe uma sala com túmulos de cristãos e pagãos, mas fechada para visitas. Não muito longe dali fica o Braccio Nuovo, que possui uma famosa estátua do Imperador Augusto, ícone dentre as obras de arte presentes no museu Vaticano.
Em um museu específico, o Museu Gregoriano Egípcio, é possível viajar para o Egito antigo dentro do Vaticano, graças ao hábito dos romanos de saquear estátuas e objetos egípcios para decorar as residências e ruas. Nesse museu, você poderá ver de perto misteriosos sarcófagos e toda a magia mórbida da cultura egípcia, como uma múmia de verdade, estátuas de deuses e da Rainha Tuya, o túmulo de Iri. Nessa área, também é possível encontrar peças da Mesopotâmia, outro importante local da antiguidade.
O Pátio da Pinha e museus diversos
Na área externa da construção, é possível caminhar e respirar ar puro no Pátio da Pinha, que tem esse nome graças à escultura da Pinha de Bronze gigante. No meio do pátio, está a obra que mais chama atenção, a recente Sfera con Sfera, uma esfera gigante e dourada do artista Arnaldo Pomodoro que é uma metáfora do “dramático confronto entre dentro e fora, entre espírito e matéria, entre aparência e realidade”.
Os Museus Vaticanos possuem também áreas dedicadas a coleções de determinados objetos, por exemplo, existe a Galeria dos Candelabros, que exibe belos candelabros antiguíssimos, dentre outras relíquias e uma complexa arquitetura única no Vaticano. Também existe a Galeria das Tapeçarias, que como diz o nome, exibe tapetes decorados incríveis, suas imagens reencenam a vida de Jesus e alguns outros a vida do Papa Urbano VIII, as figuras foram pintadas por aprendizes de pintor Rafael, no renascentismo.
A Galeria dos Mapas é outro destaque, com mais de 40 mapas incríveis, porém, seu teto abobado rouba a cena e atraí impressiona todos visitantes. Andando pelos museus, ainda é possível conhecer os aposentos dos antigos Papas, seus estilos de vida, os apartamentos dos Borgia e a Biblioteca Apostólica Vaticana.
A Capela Sistina, o clímax dos Museus Vaticanos
A Capela Sistina é um dos principais pontos turísticos em Roma. De todo os museus, ela é o momento mais ansiado por turistas de qualquer parte do mundo, legitimando-se a capela mais famosa do mundo.
A Capela Sistina foi construída no século XV por ordem do Papa Sisto IV (daí vem o nome Sistina). De início, ela não possuía os afrescos perfeitos que a tornou famosa, aos poucos foram sendo pintados em algumas paredes do local. Ao entramos na capela, percebemos que suas pinturas dividem-se em três níveis; as perto do chão se aproximam de tapeçarias, as do meio das paredes simulam cenas do antigo e novo testamento e perto das janelas contém figuras dos Papas.
Após uma rachadura no teto, ninguém mais ninguém menos que Michelangelo foi chamado para pinta-lo de novo; o resultado é surreal, dizem que ele fez tudo sozinho. O tema das pinturas no teto é o livro Genesis da Bíblia, lá encontra uma das obras de arte mais famosas do Vaticano, de Roma e do mundo; a Criação de Adão. Essa e muitos outros afrescos de Michelangelo são indescritíveis diante da perfeição de sua técnica. Infelizmente, não é possível tirar fotos dentro da capela.